Diversidades
A devoção de Pio XI pelo Anjo da Guarda era tão profunda que, em outra ocasião, ele declarou que o seu Anjo ajudou em tudo o que o Papa pôde fazer de bom em sua vida. Ele invocava o seu Anjo da Guarda de manhã e à noite, e repetia a oração várias vezes durante o dia. Nos cinco anos de pontificado, João XXIII falou pelo menos quarenta vezes sobre o Anjo da Guarda, incitando abertamente a sua devoção: “Uma coisa é certa: todos e cada um de nós estamos confiados aos cuidados de um Anjo. Disso deriva a viva devoção que todos devemos ter pelo nosso Anjo da Guarda. Devemos repetir com freqüência e confiança a oração que nos foi ensinada em nossa infância”. Em uma audiência de 3 de outubro de 1958, alguns dias antes de morrer, o Papa Pio XII disse a setecentos peregrinos americanos que “cada um de nós, por mais humilde que seja, está aos cuidados dos Anjos. Estes são puros espíritos esplêndidos e nos foram dados como companheiros de estrada: têm missão de cuidar de nós com atenção, para que não nos afastemos de Cristo Nosso Senhor”. No final, exortou os fiéis a “manterem uma certa familiaridade com os Anjos, cuja constante solicitude serve para nossa salvação e santificação. Se Deus quiser, vós transcorrereis uma eternidade de alegria com os Anjos: aprendei a conhecê-los desde já”. O Patriarca de Veneza, Albino Luciani, que foi o Papa João Paulo I durante 33 dias, também falou sobre os Anjos, denunciando a ignorância que circunda na época moderna: “Os anjos são os grandes desconhecidos destes tempos, alguns insinuaram que não se trata de seres pessoais, muitos não falam mais deles. Seria oportuno recordá-los com mais frequência”. Em