Diversidade

Os mundos que não se encontram
Das mais diversas formas de ser, não há como qualificar qual é a melhor. De todas as culturas, línguas, raças, não há o que nos faça argumentar que o que é nosso é melhor, se não o fato de que estamos acostumados com nossas rotinas e costumes. Se não somos capazes de levantar um argumento para que todos os seres humanos sejam como nós, possivelmente é porque sabemos, sem que ninguém nos diga, que as diferenças são realmente necessárias. E se ser diferente é realmente necessário, se sabemos que não há nem a quilômetros de distancia uma pessoa que seja totalmente igual à outra, por qual motivo existem pessoas à margem da sociedade¿ O que nos leva a pensar que elas não podem ter os mesmos direitos que todo o resto do mundo¿ Se elas são tão diferentes como nós, onde realmente está o erro¿ São elas os negros, os índios, as mulheres, os gays, as lésbicas, os nordestinos, os pobres, os desempregados, os obesos, os paralíticos, os surdos, os cegos, os que não sabem ler, os que não entendem o que você quer dizer, os que não são como você, os que você não entende porque são assim. São muitos, estão em toda parte e tentam fazer parte de mundos que não os aceitam, porque cada mundo possui praticamente um dono, ainda que pareça loucura é realmente assim que funciona. Os gays não podem entrar no mundo das igrejas, os pobres não podem entrar no mundo das grifes, as mulheres não entram no mundo do futebol, os que não sabem ler não entram no mundo da cultura, os obesos não estão no mundo das passarelas, os sem teto não estão no mesmo mundo que você e provavelmente um mendigo não é seu melhor amigo. Mas então nos perguntamos se dentro todos esses mundos não há um mundo que deveria ser comum a todas as pessoas. E sim, nós respondemos que existe um lugar que seria ideal para isso: a escola. A escola é o lugar para receber pessoas, independente se serem dos olhos grandes, das mãos pequenas, sem as pernas ou com a cor de pele avermelhada pelo