Diversidade
A questão própria da educação relaciona-se com a produção das identidades socialmente construídas pelos indivíduos a fim de se reconhecerem uns aos outros nos diferentes campos de atuação. Em outras palavras, os agentes sociais interagem, produzem e reproduzem formas de socialização/formação segundo algumas disposições – ou seja, ações recorrentes que são incorporadas e/ou subvertidas na prática social – e nos permitem refletir sobre como a identidade se constituiu. Romper com a reprodução de modelos e crenças estruturados sobre as relações de gênero, por exemplo, permite à escola tornar-se espaço problematizador das diferenças e desigualdades, uma vez que pode lançar mão de temas transversais, possíveis de serem articulados ao currículo, vinculando-os ao cotidiano dos alunos, do qual as relações de gênero fazem parte de maneira intrínseca.
Diversidade de classe social
A diversidade de classe social (em todos os seus aspectos, como em relação à cultura), do convívio harmônico e da tolerância entre brancos e negros, pobres e ricos, acaba por encobrir ou sufocar a realidade da desigualdade, tanto do ponto de vista racial como de classe social. Ainda hoje, mesmo com leis claras contra atos racistas, é possível afirmarmos a existência do preconceito de raça na sociedade brasileira, no transporte coletivo, na escola, até no ambiente de trabalho. Isso não significa que vivamos numa sociedade racista e preconceituosa em sua essência, mas sim que esta carrega ainda muito de um juízo de valor dos tempos do Brasil colonial, de forte preconceito e discriminação. . Além disso, se a diversidade cultural não apagou os preconceitos raciais, também não diminuiu outro ainda muito presente, dado pela situação econômica-social do indivíduo. Objetiva-se a constituição do povo brasileiro, bem como as situações de racismo presentes na história do nosso país, já que a presença evidente de uma diversidade populacional no cenario do Brasil.
Considerações