DIVERSIDADE RELIGIOSA NA EDUCA O
Somos diversos, e essa verdade fundamental é sempre ameaçada por ações individuais e coletivas de intolerância. Somos diversos historicamente, etnicamente, linguisticamente e, da mesma forma, somos diversos religiosamente. A diversidade religiosa é profunda. Ela existe entre ateus e religiosos, entre formas distintas de religião (cristãos e budistas, por exemplo), entre ramos religiosos com pontos em comum (como judeus e muçulmanos), entre expressões internas de uma mesma religião (católicos carismáticos e adeptos da Teologia da Libertação) e mesmo entre expressões geográfico-históricas da mesma fé (católicos espanhóis e católicos norte-americanos). A diversidade religiosa deve ser reconhecida não como expressão da limitação humana ou fruto de uma realidade conjuntural passageira, mas como traços de riqueza e valor. A liberdade de religião e de opinião é considerada por muitos como um direito humano fundamental. A liberdade de religião inclui ainda a liberdade de não seguir nenhuma religião, ou mesmo de não ter opinião sobre a existência ou não de Deus (agnosticismo e ateísmo). A liberdade religiosa se põe diante de todas as ideias e principalmente seguimento do próprio ser humano. Vivemos em um mundo de demarcações territoriais. Cada um quer ter o seu espaço garantido. Isso se revela na cultura e também na religião. Nessa busca desenfreada por terreno, cada vez mais a religião do outro está sendo ignorada, em busca de afirmar a própria identidade, sem entender que pode haver uma miscigenação cultural. O que se expressa constantemente ao nosso redor é a intolerância religiosa. Diariamente milhares de pessoas são humilhadas, julgadas, discriminadas devido a sua profissão de fé. Quem já não ouviu alguém chamando um seguidor da religião Umbanda ou Candomblé de macumbeiro? Ou um seguidor das igrejas pentecostais de crentes? Essas expressões faladas acabam se tornando em agressões físicas e culturais. Vemos nos noticiários templos que