DIVERSIDADE CULTURAL
A observação da diferença dos mitos, dos contos, das moedas, do comércio, das artes, das técnicas, dos instrumentos, das línguas, das ciências, das religiões, das raças, dos ideais, existentes no cenário mundial, é que faz o mundo ser considerado diverso.
Atualmente, com advento da globalização, este “diverso” pode ser experimentado através das trocas culturais, facilitada pelas redes de comunicação, pelo transporte rápido e pela tecnologia avançada, ampliando a curiosidade do um perceber o outro.
Esta percepção é latente no cenário geopolítico atual e cada Estado tem interesse em explorar e valorizar a sua cultura diante do outro. Isto faz com que existam disputas de quem pode mais, trazendo prejuízos muitas vezes globais. Neste sentido, após as duas guerras mundiais, os Estados resolveram criar um cenário supranacional e submeteramse, através de tratados internacionais, às Organizações Internacionais para tentar regulamentar este cenário. Entre elas, nós temos a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), criada em 1946, que tem como função dirimir as dificuldades e estabelecer uma filosofia de ação comum aos temas que ela discute. O tema da diversidade cultural, no âmbito da UNESCO, visa garantir a autonomia cultural dos Estados Soberanos e é o principal mecanismo para manter a distinção das culturas nacionais diante do que é concebido como tendência à homogeneização cultural da globalização. Neste contexto, foi concluída a Convenção sobre a Proteção e a Promoção da Diversidade de Conteúdos Culturais e Expressões
Artísticas que define em seu artigo 4º, parágrafo II, que Diversidade Cultural é a
“multiplicidade de meios pelos quais se expressam a cultura dos grupos sociais e sociedades...” Acrescenta que “a diversidade cultural não só se manifesta pelas diversas formas que se protege, enriquece e transmite o patrimônio cultural da humanidade”, determinando que “a variedade de