Diulia
A Revolução Mexicana foi um grande movimento armado que começou em 1910 com uma rebelião liderada por Francisco I. Madero contra o antigo autocrata general Porfirio Diaz. Foi a primeira das grandes revoluções do século XX.
Esta revolução foi caracterizada por uma variedade de líderes de cunho socialista, liberal, anarquista, populista, e em prol do movimento agrário.
A Projeção da Revolução Mexicana
O interesse pelo estudo da Revolução Mexicana se deu principal mente pela eclosão da Revolução Cubana as partir de 1959. Tudo indica que para os próprios mexicanos a retomada dos estudos sobre sua revolução ocorreu a partir dos anos sessenta quando, simultaneamente, se comemorava o cinquentenário da Revolução e a ascensão do fidelismo ao poder. Também tem despertado nossa curiosidade, o chamado "modelo mexicano", isto é, um regime político de partido único que mantém um sistema eleitoral que não altera os resultados finais e que se mantém surpreendentemente estável ao longo dos últimos sessenta nos. O México apresenta um regime político sui generis, um regime onde nem o Exército, nem a Igreja, nem o latifúndio são os fatores dominantes nas decisões políticas do país.
Então a Revolução Mexicana nos interessa por dois aspectos: por ser a primeira grande revolução social do nosso século (anterior inclusive à revolução bolchevista de 1917) e também por apresentar um regime político dos mais estáveis na história da turbulenta América Latina.
Como classificar esta revolução
O primeiro grande problema com que nos defrontamos ao analisarmos a história da Revolução Mexicana é como defini-la. Ela não se amolda aos padrões conhecidos de classificação revolucionária: isto é "Revolução Burguesa" e "Revolução Socialista".
A mais recente interpretação dessa revolução foi feita por Arnaldo Córdova (A Ideologia da Revolução Mexicana, 1973) que a classifica de "revolução populista", pois descrê da possibilidade de se utilizar do material teórico europeu para