Ditadura
Muitos cantores sofreram com a censura, como, Chico Buarque, considerado um dos grandes nomes da música popular brasileira, que teve de usar um pseudônimo para burlar a implacável censura que o Governo militar do Brasil da época lhe impunha.Pois a situação de Chico chegou a tal ponto, nos governos Médici e Geisel, que bastava que a autoria fosse dele para uma canção ser proibida de vir a público, para tornar-se objeto de censura e proibição. Pode-se dizer que, durante o regime militar, a censura passou por três fases. A primeira se estendeu de 31 de março de 1964 à publicação do Ato Institucional no. 5, em dezembro de 1968, e teve um momento mais intenso nos meses que sucederam ao golpe, abrandando-se a partir de então.
A segunda coincidiu com a publicação do AI-5, em 13 de dezembro de 1968, que institucionalizou o caráter ditatorial do regime e tornou a censura implacável até o início do governo Geisel, em 1975. Por fim, durante os governos Geisel e Figueiredo, a censura tornou-se gradativamente mais branda, até o restabelecimento do regime democrático.
O decreto-lei 1.077, de 21 de janeiro de 1970 instituiu a censura prévia, exercida de dois modos: ou uma equipe de censores instalava-se permanentemente na redação dos jornais e das revistas, para decidir o que poderia ou não ser publicado, ou os veículos eram obrigados a enviar antecipadamente o que pretendiam publicar para a Divisão de Censura do Departamento de Polícia Federal, em Brasília.
A crítica ao regime, as atividades de seus opositores, bem como as práticas