Ditadura militar

No período em que eclodiu a Ditadura Militar, o choque ideológico entre socialismo e capitalismo caracterizava a disputa entre potências denominada Guerra Fria.
No Brasil, o presidente Jânio Quadros se mostrava um homem honesto capaz de “varrer” a corrupção da vida pública brasileira. Suas ações foram consideradas contraditórias já que apesar de manter o país aberto ao capital estrangeiro, ele tornava o Brasil um país independente tendo como conseqüência a aproximação aos países socialistas, como a União Soviética. As classes conservadoras, UDN, o PSD, parte dos congressistas, as cúpulas militar e da Igreja Católica, os latifundiários e importantes setores da classe média, temiam um golpe comunista, aparentemente idealizado pelo governo do atual presidente, por causa da seqüência de acontecimentos ligados á ideologia socialista, como a viagem de Jango á China, a viagem de Jânio Quadros a Cuba e o apoio ao revolucionário Che Guevara em Punta del Este.
Havia uma pressão política dos oposicionistas sobre Jânio Quadros que renunciou no dia 25 de agosto de 1961. Com a renúncia de Jânio Quadros, a Presidência da República foi ocupada pelo Vice-Presidente João Goulart (Jango) que assumiu a presidência num clima político adverso tendo que enfrentar um golpe contra a sua posse e a imposição do parlamentarismo.
O Governo de João Goulart foi caracterizado pelo apoio ás organizações sociais que mobilizavam-se cada vez mais contra a exploração das classes dominantes. As classes conservadoras preocupavam-se com o fato de que trabalhadores, estudantes (UNE) e organizações populares estavam ganhando espaço, como uma ameaça de comunização.
Após o anúncio das Reformas de Base que defendiam mudanças na estrutura econômica, agrária e educacional do país, as forças oposicionistas se manifestaram contra as medidas políticas do Presidente João Goulart, acusado de ser um “perigo comunista”. Em 31 de Março de 1964, as manifestações de tropas da oposição contra o Governo marcaram o