Ditadura Militar no Brasil
Com início em 31 de março de 1964, após o Golpe Militar derrubar João Goulart, a Ditadura Militar no Brasil durou 21 anos e terminou em 15 de janeiro de 1985, com a eleição de Tancredo Neves.
O GOLPE MILITAR DE 1964 O Brasil passava por uma grande crise política desde que Jânio Quadros renunciou a presidência, em 1961. Mesmo com o clima político desfavorável, no mesmo ano, o vice-presidente João Goulart assumiu seu novo cargo. O governo de Goulart (1961-1964) fora marcado pela abertura de organizações sociais, onde estudantes e trabalhadores ganharam espaço. Isso preocupou classes como a Igreja Católica, empresários, banqueiros, militares e classe média – conhecidos como conservadores – que temiam que o país se tornasse socialista, já que o mundo passava pela Guerra Fria. Em 13 de março de 1964, Goulart realizou um grande comício onde defendia as Reformas de Base – prometia mudanças radicais na estrutura agrária, economia e educacional no Brasil. Porém, os conservadores, insatisfeitos, organizaram uma manifestação contra as intenções do presidente, chamada“Marcha da Família com Deus pela Liberdade”, onde milhares de pessoas se reuniram no dia 19 de março do mesmo ano. O clima de crise política aumentava a cada dia no país. No dia 31 de março de 1964, tropas de Minas Gerais e São Paulo saíram às ruas. Para evitar uma guerra civil, o presidentes deixa o Brasil e refugia-se no Uruguai. Os militares, então, tomam o poder e em 9 de abril é decretado o Ato Institucional Número 1 (AI-1), que casso mandatos de políticos opositores ao regime militar e tira a estabilidade de funcionários públicos.
FATORES QUE INFLUENCIARAM O GOLPE MILITAR
- Instabilidade política durante o governo de João Goulart;
- Ocorrências de greves e manifestações políticas e sociais;
- Alto custo de vida enfrentado pela população;
- Promessa de João Goulart em fazer a Reforma de Base;
- Medo da classe média de que o socialismo fosse implantado