Ditadura Militar (Castelo Branco a Médici)

CAPITULO 13: REGIME MILITAR: DE CASTELO BRANCO A MÉDICI

Dizendo que era necessário livrar o país da ameaça comunista e reestabelecer a hierarquia, os militares derrubaram João Goulart e tomaram o poder. O regime durou 21 anos e ficou conhecido como Regime Militar. Logo nos primeiros dias, os militares perseguiram e prenderam estudantes, jornalistas e políticos ligados ao governo anterior e atacaram suas organizações, como por exemplo a UNE. Ao mesmo tempo, porém, para ter uma aparência de legalidade buscaram criar Atos Institucionais.
O Ato Institucional nº 1 (AI-1) permitia ao presidente suspender os direitos políticos de qualquer cidadão por 10 anos, cassar mandatos de parlamentares e decretar o estado de sítio.
O GOVERNO DE CASTELO BRANCO
Com apenas uma parte dos militares (já que muitos foram cassados), o Congresso Nacional elegeu como presidente o marechal Castelo Branco. O seu governo orientava-se pela Doutrina de Segurança Nacional, cujo objetivo era combater o comunismo na América. Essa doutrina dizia que:
- A segurança é a condição básica para o desenvolvimento
- Uma grande ameaça à segurança de um país são seus inimigos internos, os chamados “subversivos”.
Na política externa, Castelo Branco alinhou-se aos EUA e rompeu relações diplomáticas com Cuba que, na época, já tinha optado pelo socialismo. Para equilibrar suas contas e combater a inflação, que chegava a mais de 90% ao ano, o governo cortou gastos, aumentou os impostos e comprimiu os salários dos trabalhadores. Paralelamente a isso, eliminou a estabilidade de emprego após 10 anos de serviço e criou, em seu lugar, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Com o corte nos gastos públicos e o aumento da arrecadação. A inflação caiu e a economia cresceu. Todavia, a insatisfação popular ao governo devido aos sacrifícios impostos influenciou diretamente no resultado das eleições para governador em 1965. Como nessas eleições, a oposição venceu em vários estados, o governo endureceu