Distúrbios do Movimento induzidos por Drogas
RAFAELA FERNANDA VENENO RA: A74ACE-2
DISTÚRBIOS DO MOVIMENTO INDUZIDOS POR DROGAS
SÃO PAULO
2012
MARIANE DE SOUZA DA SILVA
RAFAELA FERNANDA VENENO
APS Farmacologia apresentando:
Distúrbios do movimento induzidos por drogas;
Para conclusão da APS do 5°semestre.
SÃO PAULO
2012
Sumário
1. INTRODUÇÃO
Os distúrbios do movimento induzidos por drogas (DMID) representam uma enorme variedade de sintomas motores involuntários, fenomenologicamente distintos, que incluem parkinsonismo, coreia, discinesia tardia, distonia, acatisia, tremor e mioclonias.
Esses sintomas interferem no relacionamento social, performance de atividades motoras e atividades da vida diária, podendo ocasionar grande prejuízo funcional. São causados, principalmente, por drogas que interferem na neurotransmissão da dopamina e podem se manifestar como um fenômeno agudo (primeira semana de exposição à droga), subagudo (primeiros 3 meses após exposição à droga) ou crônico (após 3 meses de exposição à droga).
O diagnóstico é, basicamente clínico, fundamentado em anamnese detalhada, exame neurológico e observação cuidadosa. A sintomatologia dos distúrbios de movimento induzidos por drogas é, geralmente, indistinguível das formas idiopáticas desta condição. Uma história medicamentosa minuciosa e suspeição clínica são de fundamental importância para o seu reconhecimento, possibilitando um diagnóstico precoce e manejo adequado de cada caso.
A seguir, serão discutidos os diferentes tipos de DMID e seus agentes causais.
2. DROGAS E MECANISMOS
Os agentes comumente implicados na indução dos distúrbios de movimento estão listados na Tabela 1. Os neurolépticos, que bloqueiam os receptores dopaminérgicos no striatum, são as drogas mais comumente associadas aos DMID, com especial destaque ao haloperidol. A dose dos neurolépticos convencionais associada ao