a utilização do softwares educacionais
O sensacionalismo da imprensa na cobertura de crimes de natureza psicopatológica e suas conseqüências
Yellow journalism on crimes related to mental illness and its consequences
Autor:
Prof. Dr. Luiz Ferri de Barros lfbarros@hydra.com.br
Diretor Superintendente
Ouvidoria Civil em Saúde Mental - Instituto de Defesa da Cidadania e da Constituição
Rua Genebra, 278. Conj. 63. CEP.: 01316 -010 - São Paulo - SP.
Pesquisador Visitante
Instituto de Psiquiatria Universidade de São Paulo
NUFOR - Núcleo de Psiquiatria Forense e Psicologia Jurídica
Rua Dr. Ovídio Pires de Campos, s/n. CEP.: - São Paulo - SP
RESUMO:
O artigo indica como o sensacionalismo na cobertura de crimes psicopatológicos resulta em preconceitos, desinformação sobre as doenças mentais, intensificação de sofrimento de pessoas direta ou indiretamente afetadas pelos crimes, enfatizando, em especial, a potencial indução de novos crimes ou séries de crimes que o sensacionalismo pode provocar. O autor cita casos sustentando esta tese, recomendando que a personalidade de criminosos não deve ser super-exposta na mídia após a sua captura. São apresentados estudos internacionais demonstrando a vulnerabilidade dos portadores de doenças mentais perante a violência social e examinadas conclusões de revisão bibliográfica sobre a associação entre violência e doença mental que indicam que não há correlação entre os dois fenômenos da forma como é retratado na mídia. É citado comentário sobre a revisão do Código Penal, de 1984, que, ao restringir a aplicabilidade da medida de segurança apenas aos doentes mentais, antes aplicável igualmente para reincidentes em crimes dolosos ou aos aliados a bandos ou quadrilhas de malfeitores, introduziu na legislação brasileira preconceitos formais em relação à periculosidade dos portadores de doenças mentais. O sensacionalismo da imprensa é considerado como fenômeno social complexo, a ser tratado pelos próprios jornalistas