diversos
Doença infecciosa: Aids- 1-A
SEIBEL, Sergio. Dependência de Drogas. 2.ed., São Paulo: Ed. Atheneu, 2010.
“É interessante observar que, ao se especular sobre a origem da epidemia da infecção no homem, esse relato aponta um provável início através da via de introdução do vírus, com rituais envolvendo a injeção de sangue de macacos. Kashamura publicou os resultados de um estudo antropológico de práticas sexuais dos indivíduos moradores na área dos Grandes Lagos (África): ‘...para estimular um homem ou uma mulher e introduzi-los a uma intensa atividade sexual, o sangue de macacos machos (para os homens) ou de macacas (para as mulheres) era inoculado diretamente no púbis, nas coxas e dorso...’” (551)
“Até junho de 2000, a Organização Mundial de Saúde registrou a presença do uso de drogas injetáveis em 134 países. Destes, 114 haviam notificado casos de Aids cuja forma de transmissão foi considerada o uso de drogas injetáveis. Como consequência, esses países têm populações de alto risco para a infecção pelo HIV, tanto do ponto de vista de contrair como de transmitir o vírus. Por intermédio desses grupos, o HIV propaga-se pela comunidade em que estão inseridos, através das vias de transmissão sexual e transplacentária, além da via parenteral.” (552)
“A estrutura social das comunidades é de promover o compartilhamento de agulhas e seringas, pois a ética de cooperação nos pequenos grupos é aplicada também ao uso compartilhado dos equipamentos para injetar drogas. A recusa do compartilhamento, sem uma razão social legitima, poderia provocar um questionamento do grupo sobre o indivíduo, acerca da confiança para outras ações, além disso, razões como o limitado suprimento de agulhas e seringas, seu alto preço relativo, entre outras, fazem com que o compartilhamento desse equipamento ocorra entre indivíduos que se conhecem, ou que pouco se conhecem e mesmo entre os que são absolutamente desconhecidos, sendo o uso da droga