Disturbios alimentares
Os distúrbios alimentares são responsáveis pelos maiores índices de mortalidade entre todos os tipos de transtornos mentais, ocasionando a morte em mais de 10% dos pacientes.
A grande maioria - mais de 90% - daqueles que sofrem de transtornos alimentares são mulheres adolescentes e jovens. Uma das razões pelas quais mulheres dessa faixa etária são mais vulneráveis a esses transtornos é a tendência de fazerem regimes rigorosos para obterem a silhueta "ideal".
Os principais transtornos alimentares são: a anorexia nervosa (AN), a bulimia nervosa (BN) e os transtornos alimentares atípicos que foram descritos como entidades nosológicas claras há mais de 30 anos. Esses transtornos afetam principalmente mulheres causando sérios prejuízos sociais, psicológicos, além de um aumento na morbidade e mortalidade. Nesses transtornos há uma marcante preocupação com a imagem corporal e o engajamento em dietas e métodos nocivos para buscar o corpo desejado.
Um paciente com Distúrbio alimentar deve ser avaliado quanto ao seu estado de nutrição e complicações decorrentes das práticas purgativas. Seu padrão alimentar deve ser investigado, as alterações quanto ao seu peso corporal e a frequência e intensidade dos métodos de purgação, também. As possibilidades de diagnóstico diferencial devem ser levantadas. No caso de um emagrecimento intenso as hipóteses de diabetes melittus, câncer, hipertireoidismo e doenças inflamatórias intestinais devem ser descartadas. Naqueles que relatam compulsão alimentar alterações hipotalâmicas devem ser afastadas. Neste caso a alteração de imagem corporal está ausente, bem como as práticas de purgação.
Anorexia Nervosa
A anorexia é caracterizada pela perda de peso intensa e intencional, às expensas de dietas extremamente rígidas, com uma busca desenfreada pela magreza, uma distorção grosseira da imagem corporal e alterações do ciclo menstrual. Em seu estágio inicial não ocorre uma perda real de apetite o que