Dissertação

Dissertação: “O fazer educativo hoje- libertação ou domesticação?”

A modernidade nos trouxe um enorme desenvolvimento tecnológico, foram vários os investimentos dirigidos aos alunos que apresentavam alto desempenho, mas nos deixou também um absurdo caos social, um descaso com relação aos alunos distraídos, desobedientes, impulsivos, mal vestidos.
O sonho de uma sociedade moderna,com seus projetos de futuro, de fato acabou não beneficiando ninguém, e desmorona sobre nossas cabeças,em forma de violência, aquecimento global, fome, desastres ecológicos, e diante de tudo isto somos todos iguais.
Precisamos ter coragem para rever valores e modelos, e o mais difícil talvez seja encarar o quanto obsoletos estão nossos saberes. Precisamos rever o modo como estruturamos nosso conhecimento, nosso pensamento, nossa educação.
É comum em nossos dias, apontar a educação como saída para os impasses que vivemos. Mas será que a educação pode mesmo dar conta desta enorme expectativa?
O que se percebe em nossa escola é a formação de alunos imaturos, e os responsáveis por isso são, entre outras coisas, a excessiva fragmentação dos saberes e o isolamento da escola.
A hiper-especialidade, o ensino voltado ao “científico”, as inúmeras aulas de 50 minutos, sem conexão entre si, sem contexto, nos levaram a uma sociedade que desaprendeu o valor do todo, do global, do complexo.
E nos tornamos especialistas cada vez mais fragmentados, desvinculados das grandes questões humanas, sociais, políticas.E vamos vivendo acoplados a uma parcela tão pequena da realidade que chegamos a esquecer quem somos, o que buscamos.
Se por um lado , a fragmentação do ensino respondia a necessidade de produzir uma educação “em massa”, por outro, atendia a fundamentação ideológica do novo regime, avesso a reflexão e a crítica, como mostram as denominações que ainda hoje usamos:grade curricular, disciplina, prova.
Com tudo isso, fomos formando pessoas cada vez mais segmentadas,incapazes de responder as