Disfonia
O que é?
A produção de sons no ser humano é iniciada nas cordas vocais, ativada no sistema pulmonar e modificada pelo que chamamos de câmara de ressonância, que consiste de porções do trato aerodigestivo alto (supraglote - região acima das cordas vocais, nasofaringite e orofaringe). O próximo passo é a articulação da palavra, realizada pelo palato ou "céu da boca", língua, dentes e lábio,toda e qualquer dificuldade na emissão vocal que impeça a produção natural da voz é considerada disfonia.
Dessa forma, a disfonia pode-se manifestar de diversas formas como: desvios na qualidade vocal, esforço à emissão, fadiga e perda de potência vocal, variações descontroladas da frequência, falta de intensidade e projeção, perda da eficiência vocal, baixa resistência vocal e sensações proprioceptivas desagradáveis à emissão. As manifestações mais frequentes são: sensação de “garganta seca e arranhando”, fadiga vocal e rouquidão.
Várias são as propostas de classificação das disfonias, a mais utilizada, em nosso meio, considera os fatores de base, sendo: disfonia funcional, organofuncional e orgânica. A disfonia funcional tem como fator de base o comportamento vocal, isto é, as alterações no processo de emissão vocal que decorrem do uso da própria voz. Os principais fatores causais são: 1) uso inadequado da voz, 2) inadaptações vocais e 3) alterações psicoemocionais.
A disfonia organofuncional decorre de uma disfonia funcional diagnosticada tardiamente a qual evoluiu para lesão orgânica secundária.
A disfonia orgânica é sintoma associado a outras doenças ou decorrentes de alterações anatômicas importantes do aparelho fonador.Alterações endócrinas, como hipotireiodismo, alteração dos hormônios sexuais e refluxo gastresofágico.
No recém nascido, as paralisias de cordas vocais, as estenoses ou estreitamentos congênitos da laringe e as alterações cromossômicas podem alterar o som e a força do choro. Nas crianças maiores, a causa mais comum de