Discuta sobre o tema da emancipação do homem pela educação.
FEITOZA, Ronney da Silva – UFPB – UFAM
GT: Educação Popular / n.06
Agência Financiadora: FAPEAM
FAZ ESCURO MAS EU CANTO Faz escuro mas eu canto, porque a manhã vai chegar.
Vem ver comigo, companheiro, a cor do mundo mudar. Vale a pena não dormir para esperar a cor do mundo mudar.
Já é madrugada, vem o sol, quero alegria, que é para esquecer o que eu sofria. Quem sofre fica acordado defendendo o coração. Vamos juntos, multidão, trabalhar pela alegria, amanhã é um novo dia.
(“Faz escuro, mas eu canto”. Thiago de Mello, 1966)
Introdução
Discutir a emancipação humana, como um dos constituintes da Educação Popular (EP), requer explicitar as idéias em torno do projeto de libertação humana, que se inscreve na perspectiva do materialismo histórico e dialético, sendo a liberdade uma luta pela humanização e hominização e contra a coisificação. Investidas teóricas deste porte se apresentam como necessárias, marcadamente na contemporaneidade (ou “pós-modernidade”), que, como expressão filosófica e estética do neoliberalismo, do culto ao individualismo, da apologia pós-estruturalista, vêm buscando desqualificar todas as perspectivas coletivas, através do argumento do subjetivismo e as novas demandas sociais, atingindo frontalmente os conceitos “clássicos” , como o da emancipação, pela opção reformista como nova síntese histórica.
O conceito deriva do latim emancipare, relacionando-se ao processo, individual e coletivo, de considerar pessoas ou grupos independentes e representa o processo histórico, ideológico, educativo e formativo de emancipar indivíduos, grupos sociais e países da tutela política, econômica, cultural ou ideológica (PIZZI, 2005).
Emancipar-se só é possível, no contexto de sociedades democráticas, por exigir um exercício anterior de