Discursão Jornalistica
Apesar da importância de se ter acesso à informação globalizada, a informação regional está ganhando grande destaque no Brasil. É possível considerar que se o tempo e a informação são globais, as pessoas continuam vivendo num espaço local e, este diálogo entre global e local está presente na televisão brasileira, principalmente a partir da década de 70.
Nota-se que a solução encontrada pelas redes nacionais de TV foi a de criar emissoras regionais- filiadas ou afiliadas- cuja principal função é mostrar para o público de determinada localidade os problemas, as curiosidades, enfim, o dia-a-dia da região.
Considera-se que televisão regional é aquela que retransmite seu sinal a uma determinada região, delimitada geograficamente e que tenha sua programação voltada para essa mesma região, desconsiderando o conceito para aquela emissora regional que produza seu programa a partir de uma grade de programação estadual ou nacional, como, por exemplo, a Praça de São Paulo, haja vista que o regional, para essas emissoras, é o próprio estado ou nação de origem. Perde-se, assim, a identificação primária que é a de se ver na tela (Bazi,2001). Registra-se, também e por sua vez, que o noticiário regional é protagonista de um processo de sentido dentro de uma comunidade, já que não só ele, mas também toda a imprensa, são uma “forma de representação simbólica da diversidade complexa do mundo real”, apresentando uma “multiplicidade de assuntos e problemáticas que se referem à dinâmica da vida cotidiana dos cidadãos”(Pedroso,2003:2).
Entretanto, a legislação brasileira ainda não possui uma lei específica para emissoras de TV regionais. Mas, o Projeto de Lei n.º 256/91 fornece alguns apontamentos. Segundo o inciso