Discurso e estrutura
No momento da produção textual o autor tenta imaginar o seu público álvo, mas, o texto depois de gerado é entregue a uma variedade de atos de interpretações, o sujeito leitor interfere no texto atribuindo-lhe a sua visão pessoal, cultural, histórica e ideológica construindo o mundo textual a partir de suas vivências.
Todo texto é polissêmico do ponto de vista de cada sujeito, pois cada um irá interpretar de acordo com suas experiências. Um bom leitor penetra no texto de maneira que não só lê o que está explícito, lê também o implícito. O leitor compreende o que o autor falou e o que ele poderia ter falado e quanto maior for sua história de leituras ele terá bem mais facilidade para intextualizar.
Vale ressaltar aqui a produção do discurso. A comunicação não é individual, mas social. Partindo daí podemos afirmar: Tudo que um indivíduo produz na fala ou na escrita tem uma intenção.
Ninguém escreve só por escrever nem tão pouco fala por falar, esses dois atos exigem uma articulação, uma organização na escolha das palavras , antes desse processo de produção o sujeito faz uma seleção para poder melhor atingir seu objetivo.(persuadir,convencer).
Orlandi cita a importância da universidade na comunidade, para ela essa relação é unilateral não há uma interação recíproca. A universidade deveria buscar meios para conseguir recursos que dotassem os seus alunos(futuros professores) a compreender melhor a comunidade e criar mecanismos que levassem essa comunidade a um melhor índice de aprendizagem.
Ainda analisando o aspecto da leitura na formação de alunos-leitores, a escola comete falhas antes mesmo de impor qualquer metodologia de inserir o aluno no universo da leitura e da produção textual, o educador teria que considerar o conhecimento prévio desse aluno, ou seja, sua linguagem e o meio sócio-cultural que este aluno vive. Dessa forma esse aprendizado seria mais produtivo para ambos. O professor lucraria, pois no