Discurso Político estado actual
Estamos a sensivelmente um ano das eleições legislativas e está na altura de refletir. Quando há, 3 anos, o PSD vencia as eleições ninguém previa o estado das contas públicas, ninguém tinha noção da dimensão da mentira e omissão de José Sócrates mas, uma coisa era certa ser Primeiro-Ministro de Portugal naquelas condições não era o alcançar de uma reforma dourada, era sim um enorme fardo, uma atitude de coragem ou até de loucura.
Pedro Passos Coelho, em coligação, assumiu o caminho da aceitação das regras comunitárias e consequentemente um caminho penoso que nenhum Primeiro-Ministro gostaria de apresentar aos seus cidadãos. A ajuda externa era uma realidade impossível de negar. Como economista não vejo alternativas viáveis ou seguras para ultrapassar a crise financeira num tão curto espaço temporal. Sei que “magos” economistas de perfil esquerdista edificaram frases como “sei a solução…mas não digo” ou “entregar a solução ao governo, será beneficiar o mesmo”, enfim, depois de tanta abertura ao diálogo e à procura de soluções, a conclusão é que ninguém à esquerda trabalhou, ninguém construiu um dossier exaustivo de possíveis alternativas, ninguém teve a ética ou a consciência de perceber que ajudar o governo com trabalho era ajudar Portugal. Chego a desconfiar que foi por esse motivo que José António Seguro (talvez o pior líder da oposição de que há memória) esteve tanto tempo como secretário-geral do Partido Socialista. Um boneco para entreter o público e a um ano das eleições num golpe de Marketing o PS elege o seríssimo Presidente da Câmara de Lisboa para seu S.G… avancemos.
Para ainda hoje Pedro Passos Coelho ser PM, foi crucial o seu perfil: teimoso para continuar a aplicar medidas de austeridade que só prejudicariam a sua imagem, mas que eram a única salvação para Portugal; corajoso – para em muitos momentos continuar a carregar um fardo demasiado pesado e muitas vezes (para não dizer sempre) isolado dos notáveis do seu partido; consistente –