Discriminação

No dia 7 de março de 2013, em meio a muita discussão, a Câmara dos Deputados aprovou e empoçou o deputado federal Marco Feliciano como Presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), o que gerou muita indignação e protestos por parte de vários segmentos que por ele, a partir daquele momento, seriam representados. Tanta indignação se deu por conta de declarações feitas pelo pastor na rede social Twitter, consideradas homofóbicas e discriminatórias.
O propósito deste artigo é analisar duas reportagens das emissoras de televisão Rede Globo e Rede Record, exibidas no principal telejornal jornal das duas emissoras, que noticiaram a posse do deputado na Presidência da CDHM e a resistência dos deputados e parte da população em aceitar a eleição que elegeu o pastor ao cargo.
Antes, porém, o trabalho discorrerá acerca da Comissão de Direitos Humanos e Minorias, quais são as suas atribuições, quem é o Deputado Marco Feliciano e porque a sua eleição ganhou tanta notoriedade, a fim de possibilitar um melhor entendimento a respeito das diferentes abordagens sobre o mesmo assunto, nos mesmos dias, em dois telejornais de grande visibilidade nacional.

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS
Criada no ano de 1995, como parte da redemocratização vivida pelo País, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias, constituída por 18 deputados, tendo o mesmo número de suplentes é uma das comissões permanentes dirigidas pela Câmara dos Deputados, que tem como propósito discutir e votar projetos de lei relativos à proteção dos Direitos humanos.
Entre as atribuições da CDHM estão investigar denúncias de violação de direitos humanos, votar propostas legislativas, acompanhar a execução de programas governamentais e realizar pesquisas relativas à situação desses direitos no Brasil e no mundo.
Além de zelar pela garantia de todos os direitos da pessoa humana, a Comissão trata dos assuntos referentes ás minorias étnicas e sociais, dando particular atenção aos indígenas e aos