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Apartheid na África do Sul
Nelson Mandela foi o maior defensor dos negros durante a segregação racial, lutou contra o racismo e ficou preso por 27 anos.
RedaçãoEducação Globo
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O apartheid representou a transformação do racismo em lei na África do Sul - a segregação racial foi legalmente aceita entre 1948 e 1994. Foi o regime do apartheid que retirou os direitos dos negros e deu privilégios aos brancos, minoria no país. A discriminação institucionalizada teve início quando o Partido Nacional da África do Sul ganhou as eleições. Em 1949, os casamentos mistos foram proibidos. Em 1950, a Lei da imoralidade proíbe a relação sexual entre brancos e negros. No mesmo ano, a população é cadastrada e separada por raça, além de ser dividida fisicamente com a formação de áreas residenciais específicas.
Os negros precisavam andar com cadernetas por determinação da Lei dos nativos, conhecida como Lei do passe, o documento deveria ser apresentado à polícia sempre que solicitado. Os locais e equipamentos públicos também eram segregados, placas com a indicação “Somente europeus” eram colocadas para impedir o contato com negros.
Gueto da época do Apartheid, Soweto marca separação entre negros e brancos (Foto: Marcello Casal Jr./ABr)
Bantustões – pátrias dentro da África do Sul
A divisão entre raças pode ser observada já em 1913 com a Lei das Terras, que dá 90% das terras aos brancos e apenas 10% aos negros. Anos mais tarde, durante o apartheid, são criadas pequenas pátrias, os bantustões, para separar as raças. Essas terras, que representavam cerca de 13% do território do país, tinham relativa independência, segundo o governo sul-africano, ainda que o exército fizesse intervenções quando as “pátrias” não atendiam aos desejos do governante da África do Sul.
Uma das justificativas do regime do apartheid é a concepção do desenvolvimento separado, que explica que cada raça deve se desenvolver sem a mistura com outras. Com isso, os