Discalculia - Um desafio na Matemática.
Esquema de Apresentação:
Ana Paula: Definição e Causas;
Mª do Socorro: Distúrbios;
Laércio: Tipos de Discalculia;
Entony: Caracterização e Níveis de dificuldade;
Alice: O aprendizado de matemática e Intervenção.
Definição:
Etimologicamente, discalculia deriva dos conceitos “dis” (desvio) + “calculare” (calcular, contar), ou seja, é “um distúrbio de aprendizagem que interfere negativamente com as competências de matemática de alunos que, noutros aspetos, são normais.” Assim, trata-se de “uma desordem neurológica específica que afeta a habilidade de uma pessoa compreender e manipular números.” (Filho, 2007).
Causas:
Não existe uma causa única e simples que possa justificar o aparecimento da discalculia. Os estudos efetuados nesta área são recentes e as conclusões não podem, ainda, ser generalizadas. No entanto, têm sido feitas investigações em vários domínios, como a neurologia, a lingüística, a psicologia, a genética e a pedagogia (Silva, 2008b).
O desenvolvimento neurológico é caracterizado pelas diferentes funções do sistema nervoso que se vão estabelecendo ordenada, progressiva e cronologicamente, ou seja, cada nível etário de maturação corresponde ao desenvolvimento de novas funções (percepção, espacio-temporal, lateralidade, ritmo) resultantes de experiências que produzam estímulos adequados. Nesta linha, distinguem-se três graus de imaturidade neurológica que permitem a definição de graus de discalculia correspondentes (Romagnoli, 2008): 1) grau leve, quando a criança discalcúlica reage favoravelmente à intervenção terapêutica; 2) grau médio, que coexiste com o quadro da maioria dos que apresentam dificuldades específicas em matemática; 3) grau limite, quando se verifica a existência de uma lesão neurológica gerada por traumatismos que provocam um déficit intelectual.
No domínio da linguística, Cazenave (1972, cit. por Silva, 2008b) afirma que a compreensão matemática só é possível com a assimilação da linguagem, que tem um papel fundamental