Diritos humanos
A Declaração Universal é um marco na história porque, pela primeira vez na humanidade, todos, independente de cor, credo, etnia, nacionalidade, sexo ou idade, têm direitos. Ela serve como um princípio moral de como deveríamos viver. Os 30 artigos que a compõem começam com a expressão “todos tem direito”, ou seja, ninguém está de fora deste contrato social. Mas, será que sempre foi assim? E nos últimos 60 anos, desde que a Declaração foi assinada, ainda persistem as violações aos direitos humanos? No filme Tropa de Elite 2, quando explode uma rebelião no presídio de Bangu I, o professor Diogo Fraga, envolvido com a questão dos direitos humanos de presidiários, é chamado pelos presos para mediar a situação junto à polícia. Ele aceita a missão por acredita restar fazendo o bem, mas também percebe ali que a bandeira dos direitos humanos pode lhe render alguns “dividendos” na política e ajudá-lo a eleger-se deputado. Fraga insiste na visibilidade que o tema lhe dá, passando a atuar como um legislador que defende as populações marginais e que passa a atacar a corrupção do sistema.O tema dos direitos humanos no Brasil vem servindo muitas vezes para posições ambíguas por parte da sociedade. Ora se toma o partido de uma pessoa que está sendo acusada de algum delito, mas que por ter dinheiro e posição social, se vale dos seus direitos para livrar-se da condenação (vejamos a esse respeito o exemplo de vários deputados que por terem imunidade parlamentar nunca são presos pelos seus crimes), ora se condena aqueles indivíduos que também cometeram delitos, talvez pela própria situação de marginalidade e de exclusão social, mas que, por não contarem com as mesmas condições materiais, são vistos pela opinião publica como indivíduos que não merecem ter seus direitos humanosrespeitados. Ora, se o próprio nome já diz - direitos humanos -, não é a todos que deveriam salvaguardar? No filme Notícias de uma guerra particular, o chefe da