Dimensão historica da disciplina
Nestas Diretrizes Curriculares para o ensino de Arte, voltadas aos alunos da Educação Básica da Rede Estadual de Ensino do Paraná, apresenta-se, primeiramente, uma dimensão histórica dessa disciplina, com alguns marcos que influenciaram o desenvolvimento da Arte no âmbito escolar constituídos no início do século XIX, incluíram em seus currículos, diferentemente dos demais, estudos do desenho associado à matemática e da harmonia na música, características da arte na sociedade burguesa européia do século XVIII e fundamentadas nos princípios do iluminismo.
Essa valorização da arte encontrou espaço na pedagogia da Escola Nova, fundamentada na livre expressão de formas, na genialidade individual, inspiração e sensibilidade, desfocando o conhecimento em arte e procurando romper a transposição mecanicista de padrões estéticos da escola tradicional. Emma Koch contribuiu significativamente para o ensino de Arte, ao participar da criação do Departamento de Educação Artística da Secretaria de Estado da Educação e Cultura do Paraná, e propôs a instituição de clubes infantis de cultura e a assistência técnica às escolas primárias. Participou também da concepção da Escola de Arte na Educação Básica do Paraná, em 1957, no Colégio Estadual do Paraná (CEP), com o ensino de Artes Plásticas, Teatro e Música, já ministrada como Canto Orfeônico pelo Maestro Bento Mossurunga, desde 1947.
Com o passar do tempo, essas atividades foram incorporadas às classes integrais e implementadas no calendário escolar do CEP, onde permanecem até os dias atuais nesse contexto, em 1971, foi promulgada a Lei Federal n. 5692/71, em cujo artigo 7.° determinava a obrigatoriedade do ensino da arte nos currículos do Ensino Fundamental (a partir da 5.ª série) e do Ensino Médio. O ensino de Arte retomava, assim, o seu caráter artístico e estético pela formação do aluno, pela humanização do sentidos, pelo saber estético e pelo trabalho artístico. Além de propor novas