Resenha
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PARIS, 8 Ago 2011 (AFP) -As notas que as agências de classificação de risco dão às empresas e países são resultado do trabalho de ao menos dois analistas, que as elaboram em discussão interna com outros colegas, mas que, em grande parte, são baseadas em informações públicas.
A maioria dos Estados e empresas paga as agências para que classifiquem os riscos de suas próprias dívidas.
Sem essa avaliação, a princípio considerada confiável e imparcial, diversos investidores rejeitam adquirir seus títulos.
Independentemente de se tratar de um país ou de uma empresa, a agência de classificação realiza uma primeira análise, que avalia a solvência e, portanto, os riscos de calote de seus empréstimos, atribuindo a eles uma nota ou classificação, que vai de um triplo A positivo (AAA+), a melhor, a D, a pior, que significa quebra.
"Acompanhados por um colega, entrevistam o emissor da dívida, seja o diretor financeiro, diretor-geral ou gerente. Em casos de empresas, fala-se com vários executivos e, no caso de um Estado, com o ministro da Economia ou das Finanças", explicou à AFP Norbert Gaillard, assessor do Banco Mundial e autor de um livro sobre as agências de classificação de risco.
"Nos Estados Unidos, o interlocutor privilegiado das agências de classificação é o número dois do Tesouro, John Bellows", comentou.
"Em países pequenos da África e da América Latina, o interlocutor pode ser o presidente ou chefe de governo", completou.
São realizadas uma média de três a quatro dias de reuniões, que incluem entrevistas com o presidente do Banco Central e altos funcionários com os quais estatísticas e previsões recentes são analisadas, explicou o especialista.
Trata-se de um trâmite curto em relação às missões do Fundo Monetário Internacional (FMI), que, para redigir seus relatórios anuais, empregam de duas a três semanas, sustenta Gaillard.
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