dirito

Sete teses sobre mídia e Política no Brasil

Primeira: A noção de centralidade, que vem sendo aplicadas nas ciências sociais, pessoas, instituições e idéias valores, implica a existência de seu oposto, o periférico, o marginal, o excluído, mas também permite gradações de proximidade e afastamento.
Um pressuposto para a centralidade é a existência de um sistema nacional de telecomunicações. Bem ate pouco tempo, o Brasil não dispunha de uma mídia de alcance nacional, embora a imprensa Existisse também, transmissões de rádio no inicio do século XXI, no entanto, estas, não caracterizam a produção, e a distribuição nacional, centralizada, integrada e padronizada de informações e entretenimento como se tem hoje,
Um bom exemplo de centralidade, é o papel crescente da mídia no processo de socialização, em particular na socialização política um processo político que vai da infância à velhice,
Todavia, o papel o papel mais importante que a mídia, desempenha é o de construção da realidade, em longo prazo, pois é através da mídia que a política é construída simbolicamente.

Segunda: A política nos regimes democráticos é ou deveria ser eminentemente pública e visível. Este é o papel da mídia, e somente ela, tem o poder de definir o que é publico.
A própria idéia de evento público, se transformou a partir da existência da mídia. Antes, evento público, era compartilhar lugares comuns (espaço), atualmente, isto não se condiciona mais à partilha de um lugar comum, a mídia acaba por suplementar a forma tradicional de constituição do público, mas também estende, transforma e substitui.
Portanto, as conseqüências são imediatas, tanto para o ser político profissional, quanto para a pratica da política, primeiro, porque o político tem que disputar a viabilidade na mídia, e segundo, os diferentes campos políticos têm que disputar a visibilidade favorável de seu ponto de vista.
Terceira: A mídia está substituindo os partidos políticos em várias de suas funções