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Como os adolescentes perderam a habilidade de socializar
Os adolescentes estão perdendo suas habilidades sociais? Pais e especialistas acreditam que sim. Nos disseram que adolescentes passam tanto tempo online, que não conseguem mais aguentar a bagunçada, íntima tarefa de passar tempo face a face. “Depois da escola, meu filho está no Facebook com seus amigos. Se não estiver online, não é realidade para ele”, uma mãe recentemente me disse em pânico. “Tudo é virtual!” Agora, não estou convencido que essa tendência é real. Eu li a evidência sobre a “epidemia narcisista” e o aparente declínio em empatia em pessoas jovens, e enquanto é intrigante, é provisório. Muitos trabalhos chegam a conclusões contrárias, por exêmplo, pesquisas Pew descobriu que crianças que text (“digitam”) mais, passam mais tempo socializando em pessoa. Mas pela causa do argumento, vamos concordar que temos uma crise. Vamos concordar que crianças não estão passando tempo suficiente para dominar habilidades sociais. Quem é responsável? Será que o Facebook hipnotizou a juventude? Se crianças não conseguem socializar a quem os pais devem culpar? É simples, deviam culpar eles mesmos. Esse é um argumento avançado no It’s Complicated: The Social Lives of Networked Teens, do pesquisador da microsoft, Danah Boyd. Boyd, minha amiga, passou uma década entrevistando milhares de adolescentes a respeito de suas vidas online. Descobriu que adolescentes adorariam socializar face a face com seus amigos, mas a sociedade adulta não os deixa. “Adolescentes não são viciados a mídia social. São viciados um pelo outro.” Boyd diz, “Eles não são permitidos a passar tempo juntos da maneira que nós passamos, então migraram para online”. É verdade, como adolescente nos anos 80 eu podia vagar vastamente com os meus amigos, com uma única condição, de estar de volta em casa assim que escurecer. Mas ao longo dos anos, a mídia passou a divulgar os raptos, e pais passaram a encurtar a coleira de seus