direitos humanos

Durante séculos, milhões de seres humanos, nos mais diversos lugares do mundo, foram reduzidos à condição de escravos e submetidos aos tratamentos mais cruéis e degradantes que se pode imaginar. Ainda hoje, uma parte significativa da população sofre com a falta de emprego, saúde, alimentação, água potável, etc. No entanto, ao contrário de antigamente, hoje me dia podemos dizer “isso não está direito!”, e mais importante, podemo-nos dirigir ao Estado como cidadãos e exigir que as nossas necessidades sejam atendidas, não a título de favor, mas exatamente porque são direitos.
Na sua origem, a palavra direito significa exatamente aquilo que é correto ou justo. Falar de direitos, portanto, é em primeiro lugar falar do desejo e da necessidade que possuímos de viver num mundo justo. Contudo, direitos não são apenas necessidades por justiça, eles são também o reconhecimento de que algo nos é devido. Direitos não são favores, súplicas ou gentilezas, se existe um direito é porque existe um dever relacionado com este. Por conseguinte, não se pede um direito, luta-se por ele. Mas o que são direitos humanos? Direitos humanos são os direitos e as liberdades básicas de todos os seres humanos. Este conceito está também ligado à ideia de liberdade de pensamento, de expressão e de igualdade perante a lei. Os direitos humanos são exatamente os direitos correspondentes à dignidade do ser humano. São direitos que possuímos não porque o Estado assim decidiu, através de leis, ou porque nós mesmos assim o fizemos, por intermédio dos nossos acordos. Direitos humanos, por mais pleonástico que possa parecer, são direitos que possuímos pelo simples facto de que somos humanos.
Para que os nossos direitos fossem respeitados a nível mundial e não fossem apenas frases escritas num papel, a 10 de dezembro de 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos foi adotada e proclamada pela Assembleia Geral.