direitos humanos
O artigo relata sobre a expressão “Direitos humanos é só para proteger bandido” que é mencionada pelos policiais, ou até mesmo pela sociedade em geral, com indignação dos mesmos sobre a aplicabilidade dos Direitos Humanos, de forma a proteger os bandidos, desfavorecendo de tal maneira, os profissionais que tem como seu objetivo maior de servir e proteger a sociedade. Dessa forma o verdadeiro sentido dos Direitos Humanos é apresentado de forma distorcida e preconceituosa.
Alguns autores buscam analisar este comportamento na teoria dos reflexos deixados pela história recente da ditadura e repressões ocorrida durante o regime militar no Brasil, os quais trouxeram resquício para os militares traços de desrespeitos aos direitos humanos, de profissionais que possuem índole violenta, autoritária e preconceituosa do povo brasileiro, uma contradição à proposta de humanização entre o Estado e as categorias consideradas como perigosas.
Para a construção de um Estado democrático de direito, onde as Instituições públicas, em particular a polícia, desempenhem suas atividades com base nos princípios de respeito à dignidade humana, caber algumas considerações sobre a falta de percepção dos Direitos Humanos no meio policial que são: desconhecimentos sobre a temática dos Direitos Humanos; o fato que os mesmos discordam dos procedimentos práticos e legais de proteção desse direito e um erro conceitual acarretado pela falta de balizamento teórico sobre as dimensões ideológicas dos Direitos Humanos.
O estudo dos Direitos Humanos nas escolas de formação de policial no Brasil surgiu há pouco tempo diante da necessidade das instituições de segurança pública se adaptar aos novos tempos democráticos, os quais exigiam mudanças profundas na máquina estatal. Porém o mesmo é apresentado de forma teórica e utópica, sem conteúdos práticos para atividade policial, de tal forma que os policiais não vislumbram como esse discurso pode ser aplicado