Direito
Mito, religião, filosofia, senso comum e pensamento científico
O que é um Mito?
“É uma narrativa sobre a origem de alguma coisa (origem dos astros, da Terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras, do poder etc.)”
Marilena Chaui
Do grego mythos (narrar, contar e conversar), é uma narrativa feita em público, baseada, portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa do narrador. A autoridade vem do fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu a narrativa de quem testemunhou os acontecimentos narrados.
O mito é, pois, incontestável e inquestionável.
Pergunta-se: A filosofia, ao nascer, é uma explicação racional sobre a origem do mundo e sobre as causas das transformações e repetições das coisas, para isso, ela nasce de uma transformação gradual dos mitos ou de uma ruptura radical com os mitos?
Atualmente, afirma-se que a Filosofia, percebendo as contradições e limitações dos mitos, foi reformulando e racionalizando as narrativas míticas, transformando-as numa outra coisa, numa explicação inteiramente nova e diferente.
A Religião.
A religião é um vínculo (re, “outra vez” e ligare, “unir, vincular”). As partes vinculadas são a Natureza (água, fogo, ar, animais, plantas, astros, pedras seres humanos) e as divindades que habitam a Natureza.
(analisar tal ligação)
Através da sacralização e consagração, a religião cria a idéia de espaço sagrado. O espaço da vida comum separa-se do espaço sagrado: neste, vivem os deuses, são feitas as cerimônias de culto; no primeiro transcorre a vida profana dos humanos.
A religião organiza o espaço e lhe dá qualidades culturais, diversas das simples qualidades naturais.
Porque a religião liga humanos e divindade, porque organiza o espaço e o tempo, os seres humanos precisam garantir que a ligação e a organização se mantenham e