Direito
A autora indaga sobre o termo maquiavelismo, que é usado tanto em trechos eruditas como no dia-a-dia, fazendo – nos relacionar Maquiavel com o mal, o tirano. Leva-nos a analisar quem foi este homem capaz de provocar tanto ódio e amor nas pessoas. O capítulo trata a biografia de Nicolau Maquiavel que nasceu em Florença, na Itália em 1469. Foi escritor, diplomata e um grande pensador político. Maquiavel viveu em um cenário conturbado, onde os governantes não duravam mais de dois meses no poder. Itália era dividida em pequenos Estados, que disputavam poder entre si.
“Em 1498 quando já tinha 29 anos, tem a primeira notícia que Nicolau exercendo um cargo de destaque na vida pública. Neste ano, Savonarola, que substituíra os Médicis, é deposto, enforcado e queimado” (p.15). Sua carreira terminou quando os Médicis voltaram ao poder, Maquiavel foi demitido e proibido a deixar o território florentino no período de um ano, com isso foi torturado, condenado à prisão e a pagar uma multa alta. Nisso ele sugere que há duas formas de resolver o confronto entre grupos sociais e a anarquia decorrente da natureza humana: o Principado e a Republica. Quando a nação se encontra ameaçada é necessário um governo forte para inibir as forças desagregadoras e corruptas.
Maquiavel faz uso da mitológica figura da deusa fortuna - detentora dos bens que todos os homens desejavam: honra, riqueza, glória, poder para demonstrar a necessidade de se ter virtú - coragem, virilidade. Segundo ele, a virtú pode dominar a fortuna. O governante é, portanto, aquele que demonstra ter virtú, que demonstra saber fazer o uso virtuoso da força, e não simplesmente o mais forte, sendo assim capaz de manter o domínio adquirido pelo amor ou, pelo menos, pelo respeito dos governado. O texto destaca, depois, que, para Maquiavel a diferença