direito

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O conflito entre policiais e tra­ficantes travado todos os dias nas ruas do Rio de Janeiro impressiona pelas ima­gens e números, chegando aos noticiári­os nacionais e internacionais como uma pequena guerra civil na mais famosa ci­dade do país. A disputa cotidiana travada entre policiais, traficantes e milícias leva tensão e insegurança as favelas cariocas, oprime os trabalhadores que moram nesses locais e cobra seu preço em vidas humanas
Mas o problema da segurança pública carioca evidenciado no filme “Tropa de Elite 2”, mostra bem os mo­tivos e interesses por trás da violência urbana não só no Rio, mas em várias cidades brasileiras. Corrupção, falta de investimento, baixos salários e pouco investimento público criam o cenário propício para a propagação do crime or­ganizado nas lacunas do Estado.
A exclusão social, a corrupção e o clientelismo têm criado terreno fértil para a expansão de facções e máfias em todo Brasil. Se no Rio a violência vira filme, em Recife ou na periferia de São Paulo ela continua esquecida, mas suas raízes são as mesmas.
Os traficantes e o começo de tudo
A dominação dos morros cari­ocas pelo crime organizado começou com os traficantes de drogas, jovens das próprias comunidades com poucas per­spectivas de trabalho que se tornaram empresários do narcotráfico e domi­naram pela força suas comunidades. Nesses bairros sem nenhuma assistência social, escolas, postos de saúde ou outro serviço público, os traficantes ocuparam o espaço do governo, e o mantiveram durante décadas através do assistencial­ismo e do medo.
Esses grupos de traficantes dominaram sozinhos essas comunidades, lucrando cada vez mais e expandindo sua atuação para várias outras áreas da cidade. Com o crescimento do Coman­do Vermelho (CV, facção mais antiga em atuação) foram surgindo outras facções rivais, como o Terceiro Comando (TC) e a Amigos dos Amigos (ADA), e nos anos 90 a disputa por pontos de tráfico dos morros e bairros afastados chegou ao “asfalto”, às regiões

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