Direito
Este capitulo traz uma análise da violência enquanto comportamento cada vez mais presente nas relações interpessoais de todos os tipos, em todos os lugares, na sociedade brasileira.
Impacto da violência sobre a sociedade
Pessoas que tiveram a oportunidade de visitar lugares onde a violência é apenas ocasional espantam-se com a diferença na qualidade de vida.
A sociedade violenta desenvolve um aparato tecnológico, material e humano para lidar com a violência e, pouco a pouco, a manutenção e o desenvolvimento desse aparato incorporam-se à vida.
Desenvolve-se um círculo vicioso: a luta contra a violência torna-se atividade de sobrevivência e os que integram esse processo trabalham não apenas para conter a violência, como também para defender suas atribuições, aperfeiçoa-las e perpetuá-las.
Não há como dissociar a delinquência da violência, pois todo ato de delinquir contém uma expressão dela, ainda que indolor do ponto de vista físico, invisível e simbólica.
Entretanto, a violência contra a ética ou contra a moral não perde seu estatuto porque não ocasiona fraturas em pessoa; ela provoca rupturas na frágil epiderme das crenças, dos valores, dos fundamentos da convivência social. Uma análise em profundidade revelaria que a violência física é o resultado indesejado da violência contra a ética e contra a moral.
Em resumo, todo crime constitui um ato de violência contra a humanidade e assim deve ser encarado, ou não se caminha em direção à convivência pacifica, que não é uma utopia.
Agressividade e violência
Segundo Mangini “a agressividade traz em si algo de força combativa, comportamento adaptativo e instinto de vida”; trata-se, pois, de uma caraterística de personalidade, à medida que se manifesta no comportamento habitual do indivíduo. A violência contem, pois, a marca da agressão física ou psíquica e ultrapassa o aceitável legal ou socialmente.
Indo além, Mangini destaca que a “agressividade é inerente a todo ser humano, garante a