Direito

COMPARATIVO
Livro quinto – capitulo dois
Parece à primeira vista surpreendente, que entre as mil cidades da Grécia e da Itália tenha-se encontrado apenas uma capaz de submeter todas as demais. (582)

A sabedoria de Roma consistiu, como toda sabedoria, em se aproveitar das circunstancias favoráveis que surgiam. (582)

Para sua conquista romana houve dois períodos, o primeiro que onde se harmoniza com o tempo em que o velho espírito municipal tinha ainda muita força, e o segundo pertence à época em que o espírito municipal se mostrava já bastante enfraquecido. (582)
A raça romana era mesclada, onde todas as raças se associam e se misturam; havia latino, troianos e gregos, e dentro em pouco, houve também sabinos e etruscos. (584)
Seu culto nacional era também um conjunto de vários cultos, infinitamente diversos, de acordo com os povos de que provinha. (586)
Num tempo em que ninguém tinha o direito de assistir ás festas religiosas de uma nação, quando não fosse seu natural por nascimento o romano tinha essa vantagem incomparável de poder tomar parte nas férias latinas, nas festas sabinas, nas festas etruscas e nos jogos olímpicos. (586)
Quando duas cidades tinham um culto comum, elas se diziam parentes, deviam considerar-se aliadas e ajudaram-se mutuamente; não se conhecia nessa antiguidade, outra união que era estabelecida pela religião. (586)
A população romana, portanto era uma mistura de varias raças, seu culto uma união de vários cultos, seu lar nacional uma associação de vários lares. (587)
Durante os séculos em que a religião municipal esteve em vigor por toda a parte, foi sobre ela que Roma regulou a sua política. (587)
Roma foi à única cidade que, com a guerra, soube aumentar sua população. Seguiu uma política ignorada de todo o resto do mundo Greco-italico. Roma unia a si tudo o que vencia. (590)
Uma das características mais notáveis da política de Roma consiste precisamente em esta haver chamado a si todos os cultos da cidade vizinha. (591)