Direito do índio
Há duas lógicas frente a sociedade brasileira sobre a questão indígena: uma é a que visa o lucro pois a terra nada mais é que um recurso natural sujeito a exploração; a outra é de natureza comunitária, que valoriza os direitos humanos, respeita a diversidade da nação e entende a terra indígena como lugar de vida e cultura. Não é preciso dizer que a primeira é a predominante. O progresso é sempre considerado prioritário em face da cultura e das minorias.
Desde a década de 70 até o presente, os silvícolas vem sofrendo agressões e violações dos seus direitos, fatos que sempre aparecem na mídia que vão desde a transamazônica até a usina de belo monte ambas no Pará.
As duas racionalidades a de mercado e a comunitária estão presentes nos três poderes, principalmente no judiciário, que ora decide influenciado por questões políticas pela natureza econômica, ora decide pela democracia profunda e humanizada. Em todos os casos a terra sempre é atingida.
2 VELHAS HERANÇAS NUM BRASIL NOVO: A CONSOLIDAÇÃO DO ESPAÇO NACIONAL
A expansão territorial marcou profundamente a vida política brasileira, estendendo-se até o século XX, quando a questão do Acre desacelera a expansão pela via das fronteiras externas. Mas prosseguiu até os dias atuais, através da dominação interna exercida sobre as terras dos diferentes povos que ocupam os espaços do solo nacional, especialmente os índios.
3. VELHAS HERANÇAS NUM BRASIL NOVO: O MITO DO POVO ÚNICO
A ideia de uma nação formada por vários povos distintos, compartilhando o mesmo espaço nacional foi sempre rejeitada, por ser compreendida como uma oposição à unidade nacional e uma ameaça à segurança nacional. No caso dos índios, em especial, além da diferença cultural pela qual são frequentemente vistos como estranhos, perigosos e bárbaros, eles têm sido também estigmatizados pela condição de representantes do atraso, do primitivismo, enfim, por serem povos que