direito das mulheres

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Os sistemas de estrutura social que vigoraram ao longo dos tempos em muitas sociedades, entre as quais as ocidentais, fizeram com que o papel das mulheres se estereotipasse e mantivesse cristalizado no tempo, sem atualização de acordo com a evolução cronológica e social das comunidades. Mulheres como a egípcia Hoda Shaarawi, a inglesa Dora Russell, a porto-riquenha Luisa Capetillo e a sul-africana Shamima Shaikh lutaram ao longo da sua vida contra a discriminação feminina e pelo reconhecimento de direitos e liberdades negados às mulheres ou socialmente censurados quando deles faziam uso.
Os conflitos armados foram, desde sempre, dos principais propiciadores da violação de direitos das mulheres, servindo-se os homens da condição de superioridade física, da vantagem do armamento e do estado caótico criado naquelas situações para, impunemente, infligirem às mulheres humilhações físicas e verbais. O terror e a repressão encontraram, assim, um meio eficaz para se expandirem, sendo grandes aliados de conflitos étnicos, separatistas e entre nações. Por outro lado, verificou-se um acentuado desrespeito pela integridade da mulher em sociedades que têm a prática de costumes (embora culturalmente enraizados, na maior parte das vezes) como a mutilação sexual e a penalização excessiva - por vezes, a morte - por as mulheres vestirem calças, apresentarem alguma parte do corpo descoberta ou praticarem adultério.
Até ao século XIX, o papel das mulheres circunscrevia-se praticamente ao lar, à reclusão monástica ou às festas mundanas, apesar da irrupção de figuras nas cortes francesas, nos seus salões eruditos, como a Madame Pompadour, por exemplo, ou, mais tarde, Emmanuelle Sand, ou ainda a Marquesa de Alorna, em Portugal. Kate Sheppard, na Nova Zelândia, a partir de 1893, foi a pioneira da luta pelo sufrágio feminino, seguida depois na Inglaterra por Millicent Fawcett e, mais tarde, por Emmeline Pankhurst, alimentando o chamado movimento das "sufragistas", que ganhou foros de

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