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O DIA
Rio - Imagine poder transferir um valor para o exterior ou fazer uma compra sem precisar pagar taxas por isso, como o próprio IOF. Esse cenário é possível para as transação feitas por meio da moeda digital bitcoin, que movimenta a internet apesar de sua grande variação diária de valor. Os bitcoins, que já atraem 2 milhões de usuários no mundo, ficam armazenados em carteiras virtuais. Com eles, é possível fazer compras nas cerca de 100 lojas que aceitam a forma de pagamento no Brasil, e enviar valores para outras carteiras.
A moeda é uma espécie de ação da Bolsa de Valores. O mecanismo pode ser explicado pela seguinte analogia: existe uma grande empresa chamada bitcoin, ela é partida e os pedaços são vendidos aos investidores que passam a ter as moedas de troca.
Mesmo existindo essa semelhança com outros produtos financeiros, a divisa digital é muito mais imprevisível (volátil). Como ainda são poucos bitcoins circulando na rede, a cada grande operação feita por um investidor, o mercado perde o equilíbrio. Esse movimento provoca oscilações consideráveis no valor da unidade.
Mas no lugar do metal, a moeda digital é feita de códigos computadorizados. “Um algoritmo, desenhado justamente para esse fim, gera protocolos muitos raros que são distribuídos em blocos”, explica Safiri Félix, diretor-executivo da empresa de conversão da moeda Coinverse.
O especialista acrescenta ainda que é justamente por ser um valor “em nuvem” que as transações são mais rápidas e sem taxação. “No banco, o cliente paga imposto entre 5% e 7% da transferência e ainda espera cerca de cinco dias para que a transação aconteça. Com o bitcoin, o usuário é o seu próprio banco, podendo enviar no mesmo dia e sem taxas”, diz Félix.
Foram esses motivos que levaram o empresário Leandro Markus, 24 anos, a construir uma carteira de bitcoins. “Já usei a moeda para contratar serviços, como a construção