Dificuldade de credito
Antes do incentivo ao microcrédito do governo lula, A Organização Internacional do Trabalho (OIT, 2002) fez um estudo das condições desse tipo de crédito no Brasil, e constatou que as organizações de microcrédito possuíam uma participação pequena do credito total ofertado, e também na participação de financiamento para microempreendedores. O Sistema Financeiro Privado –SFP , não estava cobrindo a carência do mercado de crédito aos pequenos empreendedores.
O SEP desenvolveu diversos produtos para tentar captar clientes com níveis de renda mais baixos e que encontraram certa dificuldade de cesso ao banco. A inovação que se mostrou mais eficaz que o credito direto ao consumidor que é um financiamento concedido por financeiras e bancos, mas também pro empresas de varejos que o usam para possibilitar financiamento a seus consumidores para aquisição de seus produtos (OIT, 2002 p. 14).
Deve – se ressaltar que a maior parte das instituições financeiras privadas se concentrava, e ainda se concentra, nas regiões sul e Sudeste. Hipoteticamente, os microempreendedores destas regiões possuiriam um leque maior de opções para buscar seu financiamento além das instituições de microcrédito. Esta observação é importante para a comparação com as especidades do Crediamigo que serão analisadas no capítulo II deste estudo.
Outro ponto criticado pela OIT (2002) era a falta de foco social da maioria das operações denominadas de microcrédito, provavelmente causada pela indistinção entre crédito popular para consumo e microcrédito produtivo orientado.
Por fim o relatório avaliou que, dado o valor médio alto concedido nas operações classificadas de microcrédito na época, e a capacidade de alguns microempreendedores em obterem acesso ao SFP, fica claro que estes clientes não seriam de fato os mais pobres, mais sim pequenos empresários com certo grau de organização produtiva, ou seja, a oferta de pequenos créditos em 2000 era muito inferior á