Diferenciação Celular
Nem todos os genes se expressam em um único tipo celular, pois são comuns a outros tipos de células, como os genes de manutenção, que são necessários para a construção de organelas citoplasmáticas. Por outro lado, os genes que se expressam de forma diferencial, como os da hemoglobina e os que codificam anticorpos, são denominados funções de luxo.
A especialização das células não acarreta a perda de material genético, mas sim a desativação destes. Ou seja, o núcleo de todas as células do organismo possui o mesmo genoma do zigoto (célula do embrião), no entanto o que as diferencia é a ativação de grupos de genes distintos que definem a função de cada tipo celular.
Além disso, a potencialidade das células compreende a capacidade, de cada uma, originar outros tipos celulares. Isto é, em qualquer célula, quanto maior for a potencialidade, menor será a diferenciação entre elas. Por exemplo, as primeiras células embrionárias (blastômeros) tem grau de diferenciação igual à zero, portanto possuem 100% de potencialidade, o que as denomina totipotentes.
Portanto, é possível definir a diferenciação celular como um conjunto de processos que transformam uma célula indiferenciada em uma célula especializada, o que resulta de uma série de controles de expressão que podem definir as características bioquímicas e morfológicas de uma célula, capacitando-a para exercer uma determinada função.
Interações nucleocitoplasmáticas e a diferenciação celularO núcleo e o citoplasma das células são interdependentes, uma vez que o citoplasma necessita de moléculas de RNA para a síntese de proteínas e para promover a maior