Diferen a do trabalho no capitalismo e na globalização
Para Karl Marx, a divisão social do trabalho é realizada no processo de desenvolvimento das sociedades. Ele quer dizer que, conforme buscamos as nossas necessidades, estabelecemos relações de trabalho e maneiras de dividir as atividades. Podemos usar o exemplo das sociedades tribais, onde a divisão era feita com base nos critérios de sexo e idade, quando as atividades de agricultura e pastoreio começaram a ser praticadas, as funções se dividiram entre quem plantava, quem cuidava dos animais e quem caçava. Com a formação das cidades, houve a divisão entre o trabalho rural e o trabalho urbano. O desenvolvimento da produção e seus excedentes deram lugar a uma nova divisão entre quem administrava (o diretor ou gerente) e quem executava (o operário). Marx considera que a mecanização revolucionou o modo produtivo, mas deixou o trabalhador completamente subordinado às máquinas. O trabalhador passa a ter somente sua força de trabalho para vender, se não vendê-la o empresário não tem que opere as maquinas. Marx chama isso de relação entre iguais. Será que essa relação é entre iguais mesmo? Vamos pensar na seguinte situação: um trabalhador é contratado para trabalhar em uma empresa, por oito horas diárias, recebendo um determinado salário. O dono da empresa, passa a ter o direito de usar sua força de trabalho dentro da empresa. O que acontece, é que em cerca de 4 a 5 horas de trabalho diário, o trabalhador já produz o referente ao seu salário. O resto que produz vai para a acumulação de capital do empresário. O que se produz nesse período Marx chama de mais valia, e a divide em dois tipos: a mais valia absoluta, que se caracteriza pelo aumento das horas de trabalho, e a mais valia relativa, caracterizada pelo uso de equipamentos e tecnologias que tornem o trabalho mais produtivo, mantendo o mesmo número de funcionários pelos mesmos salários. Quando os trabalhadores se viram nessa situação, trabalhando tanto e