Jorge Amado
A Segunda Geração Modernista, também chamada de Geração de 1930, se consolidou em um período de tensões ideológicas em período de guerras. Acontecia a Segunda Guerra Mundial, e o Estado novo no Brasil – ditadura de Getúlio Vargas 1937-45. Nesta época, ditaduras foram surgindo e grandes transformações aconteceram na política brasileira.
O pessimismo estava presente em toda a sociedade, o que gerou uma inquietação que se refletiu nas expressões literárias.
A prosa regionalista inspirou-se no regionalismo nordestino, mostrando problemas sociais decorrentes da crise, além da atividade açucareira e das correntes migratórias, enfatizando o descaso dos políticos.
Os representantes românticos desta fase cultuavam a prosa urbana. Esta mostrava os conflitos sociais e a relação entre o homem e o meio, e o homem e a sociedade.
Prosa intimista representava uma inovação do período. Baseada em teorias freudianas, esta prosa mostrava mais os conflitos íntimos dos personagens, além de seu mundo interior.
Em seus livros, Jorge Amado leva até o leitor o dia-a-dia dos personagens marginalizados que vivem em Salvador (homens do cais do porto, pescadores, menores abandonados, pais-de-santo, prostitutas, malandros), além de abordar também vários costumes provincianos e festas populares.
Romances da Bahia: o escritor denuncia a miséria e a opressão em que vivem essas pessoas. Essa temática foi focalizada sob o prisma do realismo socialista, que aplicava à visão artística da realidade os princípios do Marxismo. Capitães de Areia: autoridades baianas queimaram exemplares em praça pública. O episódio dá o tom do clima político da época, com o início da ditadura getulista do Estado Novo a repressão começava a mostrar as suas garras.