Dietas restritivas
Uma dieta rápida, segura e eficaz, daquelas que prometem ótimos resultados em pouco tempo e com o mínimo de esforço. Esse é o sonho de 114 milhões de brasileiros (o equivalente a 60% da população), que sofrem de excesso de peso e obesidade, segundo dados do Ministério da Saúde. Bem, as dietas radicais, como as restritivas, por exemplo, são assim. Como o próprio nome diz, elas restringem do cardápio um dos grupos de macronutrientes: carboidratos, proteínas ou gorduras. Por tabela, restringem, também, algumas das vitaminas e sais minerais neles existentes. “Nosso corpo precisa dos nutrientes dos alimentos existentes na natureza para desempenhar suas funções. Suprimir um ou mais nutrientes pode causar sérias deficiências nutricionais”, alerta a nutricionista Larissa Cohen, do Espaço Stella Torreão (RJ). A curtíssimo prazo, algumas dietas podem até dar certo.
O que não significa que elas sejam seguras e eficazes. Longe disso. “Dietas restritivas demais não surtem efeito porque não modificam hábitos”, resume o endocrinologista Márcio Mancini, do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Por serem radicais, os adeptos de algumas dietas estão sujeitos a abandoná-las antes do prazo esperado. “Não existe radicalismo que funcione. Ao restringir 100% de um grupo de nutrientes, você provoca uma monotonia alimentar que pode encorajá- -lo a abandonar a dieta”, pondera a endocrinologista Cláudia Cozer, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (ABESO)É muito provável que você fique ansioso e estressado com essa privação e caia na tentação de comer algo que a dieta não permite. Você se frustra, sente-se mal e isso gera um sentimento de impotência e culpa. É um círculo vicioso, uma dificuldade comportamental e emocional desequilibrada, que atrapalha na hora de criar um conjunto de hábitos que permite perder peso de uma forma saudável.