dieta dukan
25 Julho 2011
A popular dieta Dukan recebeu um duro golpe com os resultados do primeiro inquérito alargado: ao fim de 4 anos, 80% dos pacientes recuperam todo o peso perdido com o regime.
O método do nutricionista francês Pierre Dukan promete perda de peso dramática e duradoura, mas tem acumulado críticas e avisos de autoridades de saúde e científicas.
Tanto a Agência de Segurança Alimentar e Nutrição como a Associação Espanhola de Dietistas e Nutricionistas consideram pertinente alertar para os efeitos nocivos da dieta Dukan, cada vez mais popular devido a uma estratégia de marketing inteligente e forte presença dos livros de Pierre Dukan nas lojas.
Também na França, os especialistas da Agência Nacional de Segurança Alimentar desencorajam o consumidor a aderir a este "regime desequilibrado” e chegam a associá-lo ao possível desenvolvimento de cancro e de doenças cardiovasculares a longo prazo.
Mais perigos do que milagres
A dieta do nutricionista francês tem 4 fases. Resumidamente: a primeira corresponde à ingestão só de alimentos proteicos (por exemplo, carne de vaca, peixe e marisco), na segunda além dos alimentos proteicos introduzem-se também os legumes, a terceira é a chamada fase de à consolidação do peso perdido nas fases anteriores (reintroduz-se alimentos excluídos, como pão, queijos, massas, arroz, frutas e batatas) e a quarta à estabilização.
Mas os riscos da perda rápida de peso superam as vantagens: além de gordura, perde muita massa muscular (e com ela, força e saúde); após uma privação severa, o organismo aprende a lição e reage assimilando melhor as calorias. Antecipando a futuras dietas, o corpo usa a breve pausa concedida para reconquistar as reservas perdidas. É possível recuperar todos os quilos perdidos em pouco tempo e ainda ficar com mais peso do que antes do regime; perde-se muita água e submete-se o fígado e os rins a um esgotante trabalho de eliminação de resíduos (as proteínas