Dieta Kasher
A história do povo judeu tem a Bíblia como fonte principal, além da influência de outros povos com os quais eles tiveram contato, como por exemplo, os egípcios. Sua alimentação está intimamente ligada com a cultura, história e fé.
A alimentação foi marcante em sua história, sendo que a fome também fez parte de dela. Na segunda guerra mundial, os nazistas mataram milhares de judeus europeus simplesmente de fome, para economizar balas ou gás. O comando da propaganda nazista pedia para que a população queimasse as cabeças e os rabos dos peixes antes de jogá-los ao lixo, pois sabiam que esses poderiam ser consumidos pelos judeus que revirassem os lixos, pois poderiam ser alimentos kasher. Muitos judeus preferiram morrer de fome ao comer alimentos proibidos e assim traírem sua fé. Há mais de 2500 anos foi criado para os judeus o código rabínico sacerdotal de leis e regulamentos dietéticos. As leis dietéticas revelaram em toda a sua história a preocupação excessiva por parte dos judeus, na escala de valores religiosos. A alimentação dos judeus tem importância significativa por ser diferenciada dos demais povos, e as proibições e normas concernentes à alimentação formam parte da existência habitual dos judeus. Todas as leis alimentares judaicas derivam de preceitos bíblicos, enumerados principalmente no capítulo 11 do livro Levítico. A finalidade principal é dar a Deus o que lhe pertence, de guardar para ele a parte que lhe é reservada, isto é, sagrada, como o sangue. Socialmente, trata-se de preservar a identidade do povo escolhido.
As leis dietéticas judaicas prescrevem uma dieta não apenas para o corpo mas também para a alma, e são destinadas mais ao bem estar espiritual do que ao físico. Isto justifica a atitude judaica de respeitar os Mandamentos Divinos, submetendo-se à vontade de Deus e a disciplina de sua fé, sem levar em consideração o prazer.
Desde Adão e Eva, passando pela diáspora e pelo holocausto, a alimentação sempre esteve e sempre