DIDÁTICA

D I D Á T I C A

Didática, no senso comum, é entendida como a qualidade de saber ensinar; confundindo-se com aptidão e com habilidade inata. Já no campo educacional, didática corresponde à área de estudo que investiga, racionaliza o trabalho docente. Assim, o objetivo a ser alcançado pelo docente é a aprendizagem. O ato de ensino/aprendizagem deve ser uma prática consciente e democrática, que exige constantes reajustes. Trata-se de conhecimento sistematizado, porque possui coerência interna. A racionalização do trabalho docente ocorre no planejamento; na realização e na avaliação (do planejamento e da realização). Esta prática educativa envolve as questões: como? quando? E o porquê? A educação, em seus primórdios, era privilégio das camadas abastadas da sociedade e visavam a manutenção das classes dominantes. A educação greco-romana não fugia à regra. Os jovens eram preparados tanto para dominar a escrita, como na arte da guerra. Segundo Manacorda (1991), há grande distinção entre os termos família, educação e escola utilizados na Antiguidade e os usados atualmente. O ensino formal, feito por profissionais era privilégio dos filhos dos poderosos. Atualmente, cada vez mais, observamos o caráter universal e democrático da educação, que visa a formação de cidadãos capazes de agir e modificar o “status quo”, dentro de um Estado democrático de direito. Os primeiros pensadores no campo da Didática, Ratke e Comênio se opuseram aos princípios educacionais da Igreja católica, por defenderem o empirismo e a ciência, em contrapartida da fé (método da igreja, que proibia a experimentação, pois o conhecimento advinha da fé). Ratke opunha-se, também, ao ensino em latim; ao ensino coercitivo; na relação pessoal aluno/preceptor e ao método de repetição para decoração. Ou seja, rejeitava a “Ratio Studiorum”, 1599. (467 regras para ensinar utilizadas pelos educadores da Companhia de Jesus da Ordem Jesuíta). Assim como Ratke, Comênio se opunha as regras da