Didatica
Desde seus primórdios, a Filosofia se ocupou do conhecimento. Os primeiros filósofos na Grécia que questionaram sobre o mundo (cosmos), sobre o homem, a natureza e etc., tentaram encontrar a verdade em um princípio único (arché) que abarcasse toda a realidade, isto é, sobre o Ser.
Confiantes de que somos seres capazes de conhecer o universo e sua estrutura, os gregos se perguntavam como era possível o erro, a falsidade e a ilusão, já que não era possível falar sobre o Não Ser e sim somente sobre o Ser. Foi preciso, pois, estabelecer a diferenciação entre o mero opinar e o conhecer verdadeiro, entre o que percebemos pelos sentidos e aquilo que compreendemos pelo pensamento, raciocínio ou reflexão, estabelecendo, assim, graus de conhecimento e até mesmo uma hierarquia entre eles.
Assim, a Filosofia abrange os princípios fundamentais da educação como as relações entre a educação e a vida quotidiana. Está presente em toda a decisão e estratégia de ação. Ela torna-se onipresente (está em todos os lugares.)
“A Filosofia se manifesta ao ser humano como uma forma de entendimento que tanto propicia a compreensão de sua existência, como lhe oferece um direcionamento para sua ação, um rumo para seguir ou, ao menos, para lutar por ele. Ela estabelece um quadro organizado e coerente de visão de mundo, sustentando uma proposição organizada e coerente de agir [...] A Filosofia não de modo algum uma simples abstração independente da vida. Ela é, ao contrário, a própria manifestação da vida humana e a sua mais alta expressão. Traduz o sentir, o pensar e o agir do homem”. (Luckesi, 1995, p.23).
Segundo Luckesi (1995, 31), as relações entre Filosofia e educação parecem naturais.
Enquanto a educação trabalha o desenvolvimento das novas gerações de uma sociedade, a Filosofia é a reflexão sobre o que e como devem ser ou se desenvolver as gerações e a sociedade. É a Filosofia que exige postura do educador. Por isso diz:
“Nas relações