Dicas para entender a crase
Constitui erro, portanto, usar acento grave na preposição a de locuções como a contento, a gosto, a esmo, a exemplo, a fogo, a frio, a fundo, a juízo de, a lápis, a modo de, a pé, a prazo. A única exceção consiste nas locuções em que está implícita e oculta uma palavra feminina, como moda, maneira. Ex.: vestido à Carlos Tufvesson.
2. Se houver dúvida devemos mentalmente substituir a palavra feminina por outra masculina; se a partícula “a” se alterar em ao, usa-se o acento grave indicativo de crase; se não se alterar, trata-se da preposição a, que deve permanecer sem acento; se for substituída por o(s) trata-se de artigo definido, que também não comporta acento.
3. Atenção! Há palavras que não admitem a anteposição do artigo, tais como verbo, advérbio, artigo indefinido (um, uma), pronome pessoal (ela, nós, vós), pronome demonstrativo (esta, essa), pronome relativo (quem, cuja), pronome indefinido (cada, alguma, alguém, toda, qualquer, ambas). Nestes casos, é óbvio que não há crase.
4. Diante de possessivos femininos usados em função adjetiva (minha, tua, sua, nossa vossa), o acento é facultativo.
5. Em locuções prepositivas, geralmente com o “de”, (à custa de, à espera de,) e locuções conjuntivas, geralmente com o “que”, (à proporção que, à medida que) precedendo nomes femininos, usa-se a crase.
6. Em locuções adverbiais diante de nomes femininos (à vontade, às vezes, à vista, à distância) usa-se igualmente a crase.
7. Usa-se crase diante de palavras femininas após os verbos regidos pela preposição a (assistir a, responder a).
8. No caso do pronome relativo qual, usa-se o acento sempre que o antecedente for do gênero feminino. Quando o pronome é interrogativo, no entanto, não há crase.
9. Usa-se crase antes de adjuntos adverbiais de tempo e diante da palavra horas (à tarde, à