Dicas de Fluxos de caixa
Quando eu tinha uns 10 anos de idade, meu primo me mostrou como construir pequenas bolas utilizando bexigas como base e conteúdo de arroz, farinha ou água.
Como aprendi a manufaturar facilmente o brinquedo (que era bem legal, por sinal) e meus amigos começaram a me perguntar onde havia comprado, vi que existia uma oportunidade de mercado: fabricar essas bolinhas e vender na minha classe da escola.
Depois de fabricar a primeira leva de bolinhas, sabe qual foi a primeira coisa que fiz?
Peguei o final do caderno de matemática, anotei os gastos que tive com os materiais e, depois do 1º dia de vendendo, anotei o quanto faturei por venda – com isso, somei todos os valores e vi que tinha lucrado fantásticos 25 reais (o equivalente a “milhõõõõões” em 1995 para uma criança de 10 anos).
Mesmo sem saber disso na época, esse foi o meu primeiro fluxo de caixa.
“Olha mãe, fiz milhõõõõõões hoje na escola!”
Para quem acha o termo “fluxo de caixa” complicado e acaba assustando, vamos definir logo o que é isso pra tirar qualquer receio:
Fluxo de caixa = o registro do que entra e do que sai de dinheiro – e quando.
Basicamente, é a lista de transações financeiras separadas pelos dias em que ocorreram (veja aqui uma definição mais detalhada e a importância do fluxo de caixa).
Claro, cada empresa tem seus casos particulares, como quantidades de contas (bancos, caixa, poupança etc.) ou mesmo preferências sobre como categorizar cada transação. Mas o princípio básico é o mesmo: a partir do registro de cada transação (valor, tipo e data) envolvendo a empresa, você consegue ver o que aconteceu com a empresa financeiramente.
Aqui o objetivo é explicar o passo a passo para quem vai começar seu fluxo do caixa do zero ou para quem precisa organizá-lo melhor:
A- Quais são as contas que a empresa tem?
De onde sai o dinheiro para pagar contas? Quando você recebe, em que conta o dinheiro cai?
O controle do fluxo de caixa começa pela definição das contas