diario de campo
Acordei ansiosa, com medo e muito feliz.
Hoje foi dia de conhecer o lugar que vou freqüentar uma vez por semana para trabalhar, aprender e crescer.
Estranho como eu não consegui imaginar de como seria lá dentro. É diferente e ao mesmo tempo igual a um filme. Com as paredes em um amarelo claro e grades para todos os lados.
Mas, vou “começar do começo”.
As 10h40min da manha fui pegar o ônibus que atrasou trinta minutos, só para aumentar minha ansiedade, nervosismo e o medo. No caminho vim pensando em milhões de coisas, pra variar, pois tenho a cabeça hiperativa. A todo tempo pensando, imaginando possibilidades, planejando. Estava curiosa com o que ia encontrar por quem seria recebida, se teria que passar pela revista, etc.
Chegando à faculdade para encontrar meus colegas de sala de aula, que também vão estagiar na PEL II, minha curiosidade e vontade de chegar aumentaram.
Enfim, estava lá, em frente à instituição que assustou minha família quando disse que escolhi onde iria estagiar.
Espantei-me com as mulheres trabalhando na recepção, pois imaginava apenas homens de preto com a cara feia. Fui muito bem recebida, não passei pela revista que acontece quando alguém vai visitar algum preso, UFA!
A psicóloga, Cíntia, a qual tanto ouvi falar chegou para nos dar as boas vindas, nos passando muita informação e eu amando tudo. Mas confesso que estava louca para entrar logo, e ver aquele lugar que mete medo em muita gente. Ver os pipos me deixou sem reação no sentido de que não imaginava mesmo que era assim, dessa forma que os presos pediam atendimento e de como eles são educados em cada bilhete. Tento me corrigir ao máximo sobre prejulgar, pois esse meu espanto diante da educação deles foi porque tive um prejulgamento pensando que porque estão ali são pessoas incapazes de serem educados. Enfim, foi um ‘tapa na cara’.
Então chegou alguém da segurança para nos levar conhecer dentro da penitenciaria. Eu já estava imaginando,